Blog do Guiateatro – Blog do Guia http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br Por dentro de tudo o que acontece em São Paulo Fri, 23 Dec 2016 17:49:42 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 5 peças imperdíveis para ver em São Paulo http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2016/10/13/5-pecas-imperdiveis-para-ver-em-sao-paulo/ http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2016/10/13/5-pecas-imperdiveis-para-ver-em-sao-paulo/#respond Thu, 13 Oct 2016 18:22:08 +0000 http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/files/2016/10/O-Grande-Sucesso-Priscila-Prade-180x111.jpeg http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/?p=2594 O “Guia” selecionou cinco peças imperdíveis na imensidão de espetáculos em cartaz na capital paulista, número que passa de 150. Corra, garanta seu ingresso e bom teatro!

O GRANDE SUCESSO

Ao questionar o ideal de sucesso e a repugnância pelo fracasso, a peça ironiza até mesmo a figura de Alexandre Nero, que sobe ao palco com outros sete atores/músicos. A história é sobre um grupo de artistas secundários que aguarda na coxia do teatro para participar de pequenas cenas em um espetáculo que dura quatro horas. Enquanto esperam, eles ensaiam, debocham do fato de que uma peça só faz sucesso com ator famoso (Nero!), mostram o vazio da idolatria, a repetição incessante de textos e a loucura que se cria quando a meta é apenas a fama.

Engraçada e melancólica, a montagem faz um paralelo poético entre o teatro e a vida e mostra que, hora ou outra, os dois acabam. O espetáculo fica em cartaz apenas até domingo (16) no Teatro Vivo, com uma sessão extra no domingo às 21h30. O texto e a direção são de Diego Fortes, a direção musical é de Gilson Fukushima, e no elenco estão Alexandre Nero, Carol Panesi, Edith Camargo, Fernanda Fuchs, Fabio Cardoso, Eliezer Vander Brock, Marco Bravo e Rafael Camargo.

Teatro Vivo – Av. Dr. Chucri Zaidan, 2.460, Morumbi, tel. 97420-1520. 274 lugares. Até 16/10. Sex.: 21h30. Sáb.: 21h. Dom.: 18h e 21h30. Ingresso: R$ 30 a R$ 100. 105 min. 14 anos.

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VERMELHO

Ver Antonio Fagundes em cena é sempre imperdível, ainda mais nesta peça contundente sobre o mundo da arte na qual ele divide o palco com seu filho Bruno Fagundes. O texto do roteirista americano John Logan, responsável por filmes como “O Aviador” e as últimas sequências de “007”, fala sobre o pintor expressionista abstrato Martk Rothko (1903-1970), que, na trama, recebe em seu ateliê um novo assistente para auxiliá-lo em uma grande encomenda.

O jeito arrogante e prepotente de Rothko abre espaço para uma série de embates entre os dois sobre os movimentos artísticos, as diferenças de percepções e os conflitos de gerações. Mas engana-se quem pensa que a peça se refere apenas à pintura: tudo o que é dito em cena tem paralelo com nossas ações do dia a dia e instiga reflexão sobre questões filosóficas. Outras duas atrações: por R$ 100 a mais, o espectador pode ter acesso aos bastidores e conhecer os atores; e durante o bate-papo realizado após as sessões dá para participar de um leilão e arrematar um quatro pintado em cena pela dupla. A direção do espetáculo é de Jorge Takla.

Tuca – R. Mte. Alegre, 1.024, Perdizes, tel. 3670-8455. 672 lugares. Sex. e sáb.: 21h30. Dom.: 18h. Ingr.: R$ 60 a R$ 100. 80 min. 12 anos.

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O espetáculo do Grupo Sobrevento é uma melancolia e de uma beleza sem fim. Sem palavras, o elenco de seis atores (Sandra Vargas, Maurício Santana, Daniel Viana, Sueli Andrade, Liana Yuri e Agnaldo Souza) faz transbordar a solidão e a desumanização nas grandes cidades. Os personagens protagonizam diferentes situações e não sequenciais que partem sempre de um objeto para criar elementos poéticos e metafóricos sobre os sentimentos.

Dirigida por Luiz André Cherubini e Sandra Vargas, a peça tem como ponto de partida o livro “O Desaparecido”, de Franz Kafka, publicado em 1927. Outros elementos de destaque são a trilha sonora com música de Arrigo Barnabé, a iluminação de Renato Machado, o cenário de André Cortez e os figurinos de João Pimenta. A entrada é grátis.

Espaço Sobrevento – R. Cel. Albino Bairão, 42, Belenzinho, região leste, tel. 3399-3589. 80 lugares. Sáb. e dom.: 18h. Grátis. 100 min. 14 anos.

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PESSOAS PERFEITAS

A vencedora do prêmio APCA de melhor espetáculo de 2014 está de volta a São Paulo. Com texto de Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez (que também assina a direção), a peça do grupo Os Satyros foi criada com base em uma pesquisa sobre moradores do centro da cidade. O tom lúdico confere força maior aos personagens, que são bem diferentes entre si e acabam convivendo.

Uma das personagens é Medalha, uma jovem mística que se mudou para a metrópole para buscar novos horizontes após a morte dos pais. Ela passa a frequentar a Igreja das Pessoas Perfeitas junto com seu namorado, um garoto de programa. Outra figura é Sarah, codinome de Ruy, que cuida da mãe idosa todos os dias e durante as madrugadas conhece pessoas por meio do disque amizade.

Espaço dos Satyros 1 – Pça. Franklin Roosevelt, 214, Consolação, região central, tel. 3258-6345. 70 lugares. Dom.: 20h. Até 18/12. Ingresso: R$ 40. 110 min. 14 anos.

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MORTE ACIDENTAL DE UM ANARQUISTA

Com Dan Stulbach e Henrique Stroeter em cena, a comédia do dramaturgo italiano Dario Fo, Prêmio Nobel de Literatura, que morreu nesta quinta-feira (13) aos 90 anos, satiriza a polícia e a política ao mostrar um louco que se finge de juiz e começa a investigar um caso misterioso de um anarquista que teria se jogado pela janela do quarto andar. Ele vai assumindo várias identidades, enganando um a um e acaba descobrindo a verdade de todos nós.

O jogo criado em cena, que mistura realidade e ficção, prende a atenção do público, que estabelece uma relação estreita com o elenco. O texto partiu de um caso verídico de um provável “suicídio” de um anarquista em Milão, em dezembro de 1969. A direção é de Hugo Coelho, e a sonoplastia é feita ao vivo por Rodrigo Geribello.

Teatro Folha – Av. Higienópolis, 618, Higienópolis, tel. 3823-2323. Sex.: 21h30. Sáb.: 20h e 22h30. Dom.: 20h. Ingr.: R$ 40 a R$ 70. 80 min. 12 anos.

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Em ‘Acorda pra Cuspir’, Marcos Veras mostra busca insana pelo sucesso http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2016/07/06/em-acorda-pra-cuspir-marcos-veras-mostra-busca-insana-pelo-sucesso/ http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2016/07/06/em-acorda-pra-cuspir-marcos-veras-mostra-busca-insana-pelo-sucesso/#respond Wed, 06 Jul 2016 19:58:43 +0000 http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/files/2016/07/IMG_1296-MENOR-180x120.jpg http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/?p=2454 Marcos Veras provoca a plateia durante todo o tempo em “Acorda pra Cuspir”, que terá as duas últimas sessões no Teatro Porto Seguro nesta quarta (6) e quinta (7). O ator e humorista interpreta um rapaz chamado José Silva, que se vê pressionado a buscar o sucesso a qualquer custo. Só assim ele se sente alguém na vida. Só assim acha que é respeitado e feliz.

Imerso em uma loucura desmedida à procura de mais dinheiro e mais fama, ele surta e passa por momentos insanos que até parecem totalmente exagerados artisticamente —mas que acontecem, sim, na vida real. O texto ácido do americano Eric Bogosian e a encenação ágil de Daniel Herz não causariam um efeito tão contundente no público sem o talento de Veras. Ele mostra desenvoltura ao conduzir a comédia, que usa o riso para tocar em assuntos sérios e fazer pensar.

Também são destaques os vários bonecos usados em cena, que são reproduções do protagonista.

Teatro Porto Seguro – al. Barão de Piracicaba, 740, Campos Elíseos, tel. 3226-7300. Qua. e qui.: 21h. Até 7/7. Ingr.: R$ 50 e R$ 80. 70 min. 14 anos. Saiba mais.

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BATE-PAPO COM MARCOS VERAS

1) Qual parte do texto mais te chamou a atenção quando você o leu pela primeira vez?
Tudo me chamou a atenção no texto. Mas tem uma parte em que ele diz: “Quem sabe você não saia hoje desse teatro um pouquinho diferente do que entrou”. Essa é a função do teatro. Não só entreter, mas modificar algo, um comportamento, um pensamento. E sinto que com esse espetáculo eu faço rir e também presto um serviço ao tocar em assuntos que pela correria do dia a dia passam desapercebidos.

2) A imersão neste espetáculo te modificou de alguma maneira?
Sem dúvida. É um texto que tem a ver com o momento de amadurecimento da minha carreira. O texto questiona o sucesso, a fama. O tudo pelo dinheiro e o tudo pela arte. E de alguma maneira eu vivo nesse meio do entretenimento, e esse espetáculo faz com que eu veja as coisas de maneira diferente também. A identificação da plateia é imediata com esse José Silva que busca de maneira alienada o sucesso.

3) Você acha que tem chance de essa obsessão pela fama diminuir?
Buscar o sucesso não é pecado. Muito pelo contrário. É saudável a ambição profissional. Querer crescer é do ser humano. Mas também é do ser humano querer crescer passando por cima dos outros, abrir mão da família, ser egoísta, modificar o corpo pra entrar num padrão de beleza imposta pela moda. E isso sim é nocivo. O texto chama a atenção pra isso com humor. De como nós podemos ser insanos e ridículos. Isso não vai acabar, infelizmente. Mas com esse espetáculo, depois de rirem, tenho certeza de que as pessoas saem do teatro se questionando mais sobre os próprios comportamentos.

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Atores enchem a plateia de beijo durante peça sobre igualdade http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2016/06/19/atores-enchem-a-plateia-de-beijo-durante-peca-sobre-igualdade/ http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2016/06/19/atores-enchem-a-plateia-de-beijo-durante-peca-sobre-igualdade/#respond Sun, 19 Jun 2016 19:17:40 +0000 http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/files/2016/06/PROJETO-BRASIL-OK-180x120.jpg http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/?p=2421 É para celebrar o amor incondicional que os atores da peça “Projeto Brasil”, da premiada Companhia Brasileira de Teatro, andam em meio ao público dando beijos em cada um que está ali.

Isso acontece durante uma trecho que discute o porquê de um tipo de casamento ser aceito juridicamente e outro não, por exemplo. Como o afeto entre duas pessoas —quaisquer que sejam elas— pode de fato te prejudicar? É para aproximar essa discussão da plateia que Rodrigo Bolzan e Nadja Naira beijam. Pode ser homem ou mulher, jovem ou velho. Cada um do público dá abertura para fazer o que quiser, de beijo na bochecha a selinho ou beijão mais acalorado.

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Em cartaz até 17/7 no Sesc Belenzinho, a peça é composta de uma série de cenas que falam de forma indireta sobre o momento atual no Brasil e no mundo. O grupo, também formado pela atriz Giovana Soar e pelo músico Felipe Storino, deu forma à montagem após dois anos de pesquisas e seminários em cinco regiões do Brasil. As reflexões sobre o que viram estão retratadas no palco.

Sob a direção de Marcio Abreu, “Projeto Brasil” expõe o estupro, a dominação, a dificuldade de comunicação, a avalanche de informações, a guerra —velada ou não— que estabelecemos todos os dias, a morte aos poucos, a dor excessiva, a festa sem propósito. É uma sucessão de discursos, um deles inspirado em um pronunciamento real do ex-presidente uruguaio José Mujica.

A experiência sensorial que acontece ali, com trilha sonora marcante e saídas criativas como a das bexigas (os estouros são tiros ou celebração?), instiga uma reflexão profunda sobre o mundo que queremos. E sobre o que fazer para conseguir um equilíbrio mínimo, que é a igualdade entre todos.

Sesc Belenzinho – sala 1 – r. Padre Adelino, 1.000, tel. 2076-9700. Até 17/7. Qui. a sáb.: 21h30. Dom.: 18h30. Ingr.: R$ 25 (à venda pelo sescsp.org.br).

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Famosa por vídeos polêmicos, Marcela Tavares faz show de humor em SP http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2016/05/27/famosa-por-videos-polemicos-marcela-tavares-faz-show-de-humor-em-sp/ http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2016/05/27/famosa-por-videos-polemicos-marcela-tavares-faz-show-de-humor-em-sp/#respond Fri, 27 May 2016 15:00:51 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15063437.jpeg http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/?p=2354 É bem provável que você já tenha topado com algum vídeo de Marcela Tavares no Facebook. Com mais de 2 milhões de curtidas na rede social, a atriz carioca faz sucesso com seus posts polêmicos que criticam celebridades e políticos —seu último desabafo (sobre Ana Paula Valadão), por exemplo, foi compartilhado por mais de 100 mil pessoas.

“Eu não roteirizo pra fazer os vídeos, eu pego o que eu quero falar, penso um pouco antes sobre o assunto, vejo se a argumentação está legal, e paaah, gravo falando igual uma louca”, conta, rindo.

Agora, os paulistanos podem vê-la em cena no show “Marcela sem Filtro”, que terá sessões neste sábado (28) e no próximo (dia 4/6) no Teatro Gazeta. E é bom correr, porque, mesmo com 700 lugares disponíveis por dia, os ingressos estão disputados.

 

Marcela Tavares
Marcela Tavares (Rodrigo Lopes/Divulgação)

 

Na primeira apresentação, no fim de semana passado, ela também lotou o local. “Encher um teatro no meio da Virada Cultural e nessa crise que o país está é uma felicidade do tamanho do mundo”, diz. Em cerca de 50 minutos, cantou funk, dançou, fez piadas sobre música ruim, brincou com evangélicos e alfinetou Dilma e Lula. “Eles adoram esse momento político do show.”

A atriz, que já foi residente de stand-up em um bar no Rio de Janeiro e, agora, está em turnê com seu novo show, também debocha de sua altura. “Eu sempre falo nos meus vídeos que eu sou pequenininha, então acho que, quando a pessoa entra [no teatro] e olha, ela tem a real noção de que, sim, eu meço 1,54. Elas ficam completamente chocadas.”

Em relação ao roteiro do show, Marcela contou a ajuda do humorista Fábio Güeré. “Ele é uma pessoa muito importante pra mim”, diz. “Ele me ajudou a estruturar o texto, porque eu tenho uma cabeça que pensa muito, muito, exageradamente, e aí a gente vai conversando. É muito bom ter uma opinião, né, sobre o que dá certo, o que não dá. Porque às vezes a gente acha que está fazendo algo incrível, mas a outra pessoa não acha graça. Então ele, além de ter me ajudado, também era a minha ponte para ver o que funcionava ou não.”

E parece que funcionou, porque depois da primeira apresentação em São Paulo o público fez uma fila gigante para tirar fotos com a atriz. Além dos outros dois shows na capital, que começam às 23h, ela se apresenta domingo (29) no Teatro Paulo Machado de Carvalho, em São Caetano do Sul.

-> Facebook da Marcela

-> Informe-se sobre os shows no Teatro Gazeta

 

Fila para tirar fotos com Marcela Tavares, no Teatro Gazeta (Fabiana Seragusa/Folhapress)
Fila para tirar fotos com Marcela Tavares, no Teatro Gazeta (Fabiana Seragusa/Folhapress)
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Peça multimídia sobre Brigitte Bardot é uma preciosidade http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2016/05/21/peca-multimidia-sobre-brigitte-bardot-e-uma-preciosidade/ http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2016/05/21/peca-multimidia-sobre-brigitte-bardot-e-uma-preciosidade/#respond Sat, 21 May 2016 18:33:44 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15063437.jpeg http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/?p=2274 Quando você entra no pequeno auditório do Masp e vê aquele palco de cinco metros de comprimento nem imagina o quanto de coisa pode acontecer ali. Em “Com Amor, Brigitte”,
Bruna Thedy e André Corrêa interagem com projeções, cantam e dançam enquanto recriam
um momento peculiar da atriz francesa, que, durante uma viagem ao Rio de Janeiro em 1964,
fugiu do hotel onde estava para a casa de um amigo para tentar escapar do assédio da imprensa.

O caso é real, mas no espetáculo o tal amigo se transforma em camareiro. É nele que a artista confia para driblar produtores e jornalistas e ter instantes de paz. O texto inteligente de Franz Keppler instiga a reflexão sobre a invasão de intimidade, o sucesso desmedido e a solidão dos grandes astros, além de deixar claro o fascínio que os atores exercem no público.

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Muito criativa, a direção de Fabio Ock enche os olhos misturando teatro e cinema em um espaço diminuto. A plateia pode ver a mesma cena de ângulos diferentes, por exemplo, já que há câmeras que exibem ao vivo detalhes do palco —também são transmitidas imagens de várias câmeras de segurança tanto de dentro do teatro quanto da parte de fora. Tem arte de todos os lados.

“Eu já tinha a ideia das câmeras, pela questão da invasão de privacidade, mas o resto foi surgindo naturalmente”, diz Ock. “Queria que o público saísse com uma sensação intensa, acho que por
isso acabou tendo tudo isso.” A mescla de elementos deixa mais intensa a relação entre dois mundos tão diferentes: o glamour de Brigitte, ícone da beleza e sensualidade, e a simplicidade do camareiro, Álvaro. A peça segue até 26/6, com sessões aos fins de semana e ingressos a R$ 50.

Masp – Pequeno Auditório – av. Paulista, 1.578, Bela Vista, centro, tel. 3149-5959. Até 26/6. 80 min. 14 anos. 80 lugares Ingr.: R$ 50. Compre on-line pelo ingressorapido.com.br.

 

BRUNA THEDY

“Acho que quando as pessoas entram ali naquela sala pequena e veem aquele palco
num espaço cênico de um triângulo, praticamente, não imaginam no que tudo aquilo vai se transformar. Tenho a sensação que a encenação dessa peça tem um dos poderes mais lindos do teatro, que é fazer você esquecer onde você está. É tanta coisa ali, orquestrada de uma maneira simples e criativa, que no fim as pessoas vêm falar: ‘Nossa, parece que eu estava num outro lugar. Não parece a mesma sala do começo'”

“Meu momento preferido da peça é toda a passagem sobre velhice, que se encerra em uma
cena de máscara. Naquele momento passa um filme na minha cabeça, me misturo com a Brigitte. Penso no quanto deve ter sido difícil pra ela essa transição. Penso na pressão. Na decadência. Apesar de a peça falar sobre invasão de privacidade, pra mim, esse momento define o espetáculo. Consigo olhar bem nos olhos do público e percebo o quanto as pessoas se chocam, se emocionam e se identificam com a dualidade de ser jovem e envelhecer. Essa foi uma questão crucial na vida dela. Ela cansou de ser bonita, isso é muito forte.”

“Optamos, já que a peça não é uma biografia, por criar a nossa Brigitte. Não existe
um compromisso de eu ser exatamente como ela, mas sim de retratar o espírito dessa mulher. Lados que todos conhecem e outros mais obscuros. Minha busca nos ensaios foi encontrar a mistura de ser leve e solar, mas ter monstros poderosos nas profundezas. E, por meio disso, me alimentar da energia dela.”

ANDRÉ CORRÊA
 “A peça trata de uma questão que é a invasão de privacidade na sua origem. A Brigitte talvez tenha sido uma das primeiras pessoas a passar por essa devassa na vida pessoal por causa da mídia. E mostrando o que isso pode gerar de problema para a pessoa e a influência no cotidiano dela e em sua relação com o mundo. Muitas vezes trazendo uma solidão e um isolamento muito grande.””E tem uma ligação muito grande com o dia de hoje. Muita gente quer ser celebridade
instantânea, às vezes até uma celebridade não ligada a um oficio, a um trabalho. Essa coisa da internet, de ficar todo mundo expondo sua vida em fotos e se autopromovendo. Então a peça aparece como uma crítica a esse comportamento. Eu acho isso muito pertinente para as pessoas pararem um pouco para pensar no significado do que é esse tipo de situação e se elas realmente precisam disso na vida, né.”

“A gente tem uma maneira muito criativa e muito pouco usual de contar a história. Tem um diálogo muito grande entre teatro com cinema, tem várias projeções, câmeras de segurança fazendo uma cobertura de imagens do espetáculo o tempo todo em vários ângulos diferentes.
É uma experiencia bem particular, interessante e nova para o público, até porque a maneira como a gente coloca isso no teatro faz com que o espectador tenha que ser muito ativo. Uma coisa acontece de um lado, outra coisa de outro. São efeitos bem interessantes.”

“A questão da música é outra coisa muito importante. Eu até brinco com o Ock [diretor] que até que enfim alguém me deu um espetáculo onde eu possa cantar e tocar. Porque quando eu era moleque eu tinha banda de rock, minha adolescência foi nos anos 80. Eu faço teatro há muito tempo, mas nunca tinha rolado nem de tocar e muito menos de cantar —e nessa ele já me colocou cantando em francês. Eu adoro. Isso traz uma cara moderna pro espetáculo. Ele é dramático mas ao mesmo tempo é performático e épico. Isso também é um charme da peça.”

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Criança elege os melhores momentos do ‘Disney on Ice’ http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2016/04/30/crianca-elege-os-melhores-momentos-do-disney-on-ice/ http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2016/04/30/crianca-elege-os-melhores-momentos-do-disney-on-ice/#respond Sat, 30 Apr 2016 16:26:14 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15063437.jpeg http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/?p=2240 Na sexta (29), levei meu primo, Theo Brandão, de 3 anos, para assistir a “Disney on Ice – Mundos Fantásticos”, em cartaz no Ginásio do Ibirapuera até 8/5.

A premissa do espetáculo, claro, é a mesma dos anos anteriores: conduzidos por Mickey e Minnie, personagens da Disney fazem coreografias no gelo e apresentam suas histórias resumidamente.

Em “Mundos Fantásticos”, princesas e príncipes, como Aladdin, Branca de Neve e Cinderela, ganham destaque.

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Eu, aos 26 anos, sou fã dos filmes e dos espetáculos da Disney e, claro, também quero dar meus pitacos sobre o “Disney on Ice”. Mas acho que a minha opinião pode valer para os pais, enquanto a do Theo vale mais para as crianças, o público alvo do espetáculo. Pedi a ele que elegesse seus três momentos favoritos e me dissesse o que ele achou de “menos legal” no espetáculo. Aí vãos os melhores momentos, segundo ele:

1. A Bela Adormecida

Theo nem precisou explicar muito a escolha, usou só três palavras: tem um dragão. E, sim, o segmento da Bela Adormecida —na verdade, protagonizado por Malévola e Príncipe Philipp— é o mais extravagante em termos de efeitos especiais. O momento em que a vilã se transforma em um dragão e luta contra o príncipe é reproduzido na pista de gelo. E o bicho até solta fogo!

2. A Pequena Sereia

Por que o Theo gostou dessa? “Porque a Ariel trouxe os amigos dela”, ele respondeu. É verdade: a cena de “A Pequena Sereia” conta com muitos patinadores, que representam o Sebastião, o Linguado, as irmãs da protagonista e peixes. As bolinhas de sabão que caem do teto dão um tom especial à apresentação.

3. Frozen – Uma Aventura Congelante

Mais recente febre da Disney, “Frozen” é o grande momento do “Disney on Ice”, embora o Theo o tenha escolhido com menos empolgação. As irmãs Anna e Elza dançam ao som de canções famosas do filme, como “Uma Vez na Eternidade” e “Livre Estou” (a famosa “Let It Go”). As cenas são belas, com neve caindo na pista de gelo. Entendo que “Frozen” seja o grande atrativo desta edição, mas eu achei o segmento muito longo.

E o que foi menos legal? Theo não gostou muito da Tinker Bell (no meu tempo, era Sininho). Ela faz as vezes de “mestre de cerimônias” junto com o Mickey e com a Minnie. Mas não fala, apenas dança sem fazer manobras muito mirabolantes, o que foi pouco atrativo para o meu primo.

Eu, por outro lado, achei que o segmento de “A Princesa e o Sapo” foi muito mal aproveitado. Não dura nem três minutos. E é uma pena, porque a trilha sonora da animação é ótima: como a história se passa em Nova Orleans, todas as músicas são jazz.

Mas, no geral, o espetáculo diverte bastante —nisso, eu e o Theo certamente concordamos.

Ginásio do Ibirapuera – r. Manoel da Nóbrega, 1.361 – Paraíso – Sul. Telefone: 3887-3500. Qua.: 19h30. Qui.: 15h30 e 19h30. Sex.: 10h30, 15h30 e 19h30. Sáb. e dom.: 11h, 15h e 18h30.Ingr.: R$ 70 a R$ 240. Camarote: R$ 270 e R$ 280. Até 8/5.

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Com 24 músicas do Queen, peça inaugura teatro gigante em SP http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2016/03/15/com-24-musicas-do-queen-peca-inaugura-teatro-gigante-em-sp/ http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2016/03/15/com-24-musicas-do-queen-peca-inaugura-teatro-gigante-em-sp/#respond Tue, 15 Mar 2016 16:14:30 +0000 http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/files/2016/03/teatro-santander-180x120.jpg http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/?p=2113 A equipe do “Guia” teve acesso exclusivo ao Teatro Santander, que será inaugurado em 24/3 com a estreia de “We Will Rock You” —e também foi a primeira a assistir ao ensaio do espetáculo no local.

As obras estão a todo vapor para deixar o espaço —com capacidade para 1.100 pessoas— pronto, mas já dá para dizer que os assentos da plateia são muito confortáveis, com bom espaço entre as fileiras e também inclinação ideal, fazendo com que a visão seja boa de todos os lugares.

Mesmo enorme, o teatro é aconchegante. Um destaque é que as poltronas da plateia são móveis, então dá para fazer eventos nos quais o público fica em pé —nesse caso, abrigando 2.085 pessoas.

Assim como os funcionários da obra, a equipe e o elenco do musical também correm para acertar os últimos detalhes. E o que impressiona logo de cara é a qualidade do elenco de “We Will Rock You”, que foi escolhido pelos próprios integrantes do Queen —cujas canções guiam a trama. Os artistas cantam muito, e a acústica do local ajuda a criar esse clima de show de rock que se vê em cena.

Elenco escolhido pelo Queen

Brian May e Roger Taylor, que fizeram história ao lado de Freddie Mercury, receberam uma
série de fitas com os ensaios dos atores e da banda que acompanha a peça. Foram os dois que escolheram cada um dos intérpretes, conta a produtora-geral Almali Zraik, responsável por
trazer superproduções como “A Bela e a Fera” e “O Fantasma da Ópera” ao Brasil.

Ela diz que a preocupação da dupla era se encontrariam guitarrista ou baterista como eles queriam. “Eu até disse que estava aberta a trazer gente de fora, caso fosse necessário, mas que acreditava que no Brasil a gente tinha talento pra isso.” Depois de dois dias de audições estava tudo aprovado. “Eles não acreditaram, ficaram super honrados de ver tanta gente tocando tão bem o estilo deles. Disseram que é um dos melhores elencos que já tiveram.”

Escrita pelo comediante Ben Elton em parceria com o pessoal do Queen, a peça estreou em Londres em 2002 e foi vista por mais de 15 milhões de pessoas em 17 países. Brian e Roger, segundo Almali, tinham confirmado presença na estreia, mas como a data foi adiada ficou difícil conciliar as agendas. Mas eles devem vir em algum outro dia da temporada.

Alirio Netto é o protagonista de "We Will Rock You" (crédito: Divulgação)
Alirio Netto é o protagonista de “We Will Rock You” (crédito: Divulgação)

Detalhes da peça

A história se passa 300 anos no futuro e mostra um planeta totalmente controlado pela Global Soft, uma empresa que elimina o rock do mundo, acaba com todos os instrumentos musicais e só libera canções enlatadas à população. Todo mundo ouve as mesmas coisas, veste o mesmo tipo de roupa, pensa do mesmo jeito. É tudo programado para que ninguém tenha ideias próprias.

Embalada por 24 sucessos do Queen, a trama acompanha o surgimento de um grupo de rebeldes chamados de Boêmios, que tentam se libertar dessa escravidão mental. Galileo, interpretado por Alirio Netto (entrevista abaixo), escuta vozes e se lembra de trechos de canções estranhas, proibidas no planeta, e busca entender o que está acontecendo. Tem citações bem-humoradas a hits pop como “macarena”, “show das poderosas” e “ritmo ragatanga”.

Nesse processo de descoberta, o rapaz se junta à jovem Scaramouche (Livia Dabarian) e a outros “rebelados” com um objetivo: seguir a lenda que diz que ainda existe um instrumento escondido, o único no mundo, que fica em uma pedra do rock. Eles querem suas personalidades de volta.

No elenco também estão nomes como Andrezza Massei, Fred Silveira, Felipe de Carolis, Nicholas Mais e Thais Piza, num total de 28 atores. A banda, que fica em destaque na parte de cima do palco, conta com Rodrigo Hyppolito (diretor musical assistente e teclados, Thiago Rodrigues (teclados), Mário Gaiotto (bateria), Fábio Stamato (guitarra), Lucas Vianna (guitarra), Renato Leite (baixo) e Yara Oliveira (percussão). A direção é de Uwe Petersen.

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Alirio, o protagonista

Conciliando as carreiras de músico e ator, Alirio Netto diz que agora sua vida está perfeita, afinal, ele começou a cantar por causa de Freddie Mercury. Depois de fazer o Judas no musical “Jesus Cristo Superstar”, agora o artista é protagonista nesta superprodução que fala sobre rock e liberdade.

Para se transformar em Galileo, ele precisou cortar os longos cabelos que mantinha desde sempre —mas diz que gostou de como está agora. Em julho, ele deve lançar seu primeiro disco solo, que vai se chamar “João de Deus” e terá dez músicas em português, com participação do saxofonista Milton Guedes e do baixista Felipe Andreoli, entre outros nomes.

Sobre como recebeu a notícia da escalação

“Fiquei emocionado mesmo! Chorei pela conquista. O Queen sempre foi minha banda preferida, virei cantor por causa do Freddie Mercury. Junta isso com o teatro que é outra coisa que amo e a minha vida fica perfeita.”

Escolha feita pelo membros do Queen

“Isso foi o mais incrível de tudo. Você ter o Brian May e o Roger Taylor te escolhendo pra ser o protagonista de uma peça das músicas que eles escreveram. E acho que isso reflete em todas as pessoas do elenco. Claro que, pra gente, além da puta honra, tem o lance da responsa também, o que faz com que a gente trabalhe cada vez mais duro pra entregar esses personagens da maneira mais honesta e da melhor maneira possível.”

Músicas habituais

“Já sou bem familiar com o repertório. Eu tive um show que era só de Queen, inclusive um para voz e piano [feito há dois anos, projeto que ele espera retomar]. Mas, quando você está num musical, numa peça de teatro, existe uma diferença na interpretação, né, porque as músicas servem ao texto. Então você tem que inserir estes textos dentro da história. As músicas são quase todas com a mesma pegada das originais, mas tem algumas alterações de letras, pra entrar no contexto da peça. Então dá uma cara diferente pra tudo o que você já ouviu. É uma boa oportunidade pra qualquer fã do Queen reviver essas músicas de uma outra maneira.”

Cabelo curtinho

“Cortei meu cabelo por causa da peça. Isso é uma coisa que todo ator tem que fazer: se emprestar para o personagem, sair da zona de conforto e migrar para aquilo que ele tem que ser. O ator tem que servir a um propósito maior, que é a peça. Nunca mais deixo ele crescer, só se outro personagem pedir. Cansei de cabelo comprido. E minha namorada adora assim como está.”

Sentido da peça

“Ela reflete um pouco isso que a gente está vivendo hoje, onde as pessoas vivem com a cara no telefone, a internet dominando tudo. Então, nesse futuro, a música tocada com instrumentos de verdade foi banida, só vale música feita por computador.”

Crítica aos enlatados?

“Não somente à música enlatada, mas à ditadura musical imposta por um mercado e a uma geração preguiçosa e sem interesse de conhecer algo diferente daquilo que lhe é dito. O rock sempre foi transgressor e é isso que o torna tão especial e atemporal. Eu, como artista, sou apenas um veículo de comunicação. Meu desejo é que pelo menos as pessoas que venham ao teatro possam de alguma forma sair daqui com a ideia de que qualquer que seja sua forma de pensar sempre existem pelo menos algumas possibilidades distintas daquelas impostas —é isso pode ser interessante até para aqueles que se sentem presos. O rock liberta!”

Teatro Santander – av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, Vila Nova Conceição, tel. 4003-1022. 135 min. Livre. Qui. e sex.: 21h. Sáb.: 17h e 21h. Dom.: 16h e 20h. Ingr.: R$ 40 a R$ 300. Ingr. p/ entretix.com.br.

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Quatro peças que saem de cartaz neste fim de semana e você precisa ver http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2016/03/12/quatro-pecas-que-saem-de-cartaz-neste-fim-de-semana-e-voce-precisa-ver/ http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2016/03/12/quatro-pecas-que-saem-de-cartaz-neste-fim-de-semana-e-voce-precisa-ver/#respond Sat, 12 Mar 2016 14:00:46 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15063437.jpeg http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/?p=2093 Procurando uma boa peça pra ver neste fim de semana? A dica é colocar na agenda um destes espetáculos que estão saindo de cartaz: “Salamaleque” (que faz as duas últimas sessões neste sábado), “As Benevolentes”, “Consertando Frank” e “Volpone” (que terminam no domingo).

As Benevolentes – Uma Anatomia do Mal

Você vai ficar atordoado com os detalhes sórdidos que o oficial nazista Maximilien Aue conta em cena. Ele é interpretado por Thiago Fragoso, que personifica esse carrasco que mata a mando de Hitler e que não demonstra nenhum arrependimento. Afinal, ele faz questão de dizer que é igual a todas as outras pessoas. Que qualquer um, no lugar dele, faria a mesma coisa. A iluminação e a sonorização são fundamentais para criar o clima tenso que a peça pede. Dirigido por Ulysses Cruz, o monólogo é baseado no premiado romance de Jonathan Littell, lançado em 2006 na França.

Hebraica – r. Hungria, 1.000, Jardim Europa, tel. 3818-8888.
Sáb.: 21h. Dom.: 18h. Até 13/3. Ingr.: R$ 80.

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Consertando Frank

A montagem coloca o assunto homossexualidade em discussão. Na história, um jornalista (Chico Carvalho) tenta investigar um psicoterapeuta (Henrique Schafer) que criou a “cura gay” e que promete reverter a “opção sexual” dos homens que passem pelo seu consultório. Para isso, o repórter se finge de paciente. Mas o plano começa a dar errado quando o poder de persuasão do doutor passa a influenciar o rapaz —que entra em conflito com seu companheiro (Rubens Caribé).

Teatro MuBE Nova Cultural – r. Alemanha, 221, Jardim Europa, tel 4301-7521.
Sáb.: 19h. Dom.: 18h. Até 13/3. Ingr.: R$ 50.

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Salamaleque

O público se envolve logo de cara com as histórias que a atriz Valéria Arbex conta em cena. Em um clima intimista, ela fala sobre o dia a dia de uma família árabe a partir da troca de cartas entre seus avós, que eram imigrantes e tiveram o casamento acertado por suas mães. Ela vai preparando uma série de quitutes durante o espetáculo, que, ao final, são servidos à plateia —tem pão sírio, doce típico, coalhada seca, babaganuche. Quem passar por lá também pode fazer doações a instituições de apoio a refugiados no Brasil. A entrada é grátis.

Instituto Cultural Capobianco – r. Álvaro de Carvalho, 97, Centro, tel. 3255-8065.
Sáb.: 16h e 20h. Até 12/3. Grátis.

Valéria Arbex em cena de “Salamaleque” (crédito: Juca Varella/Folhapress)

Volpone

A comédia de Ben Jonson expõe a ganância desenfreada. Na peça, um milionário falido (Chico Carvalho, que também faz “Consertando Frank”) arquiteta um plano junto ao seu fiel empregado Mosca (Gabriel Miziara): ele finge que está muito doente e que deixará toda sua fortuna para um alguém ainda não escolhido. Com deliciosa ironia, a comédia mostra como todo mundo da cidade passa a puxar o saco do rapaz e fingir amizade sem fim. A direção é de Neyde Veneziano.

Teatro MuBE Nova Cultural – r. Alemanha, 221, Jardim Europa, tel 4301-7521.
Sáb.: 21h30. Dom.: 20h30. Até 13/3. Ingr.: R$ 60.

Gabriel Miziara e Chico Carvalho em “Volpone” (Lenise Pinheiro/Folhapress)
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Debochado, ‘Deadpool’ arranca aplausos cinco vezes durante sessão http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2016/02/14/debochado-deadpool-arranca-aplausos-cinco-vezes-durante-sessao/ http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2016/02/14/debochado-deadpool-arranca-aplausos-cinco-vezes-durante-sessao/#respond Sun, 14 Feb 2016 16:00:04 +0000 http://f.i.uol.com.br/folha/colunas/images/15063437.jpeg http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/?p=2049 O humor escrachado do anti-herói Deadpool arranja não só risadas na plateia, mas também aplausos. As cerca de 340 pessoas que viram a estreia do filme na quinta-feira (11), no shopping Metrô Tucuruvi, aplaudiram quatro cenas do novo longa da Marvel —e outra vez quando subiam os créditos finais. E tem sido assim em muitas exibições.

Interpretado por Ryan Reynolds, o personagem veste uma roupa vermelha e preta produzida para esconder suas cicatrizes no corpo e no rosto. Ele acabou ficando assim após experimentos que prometiam curá-lo de um câncer terminal. Conseguiu e, de quebra, ganhou superpoderes.

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Mas não pense em ver lutas tradicionais na telona. Cada frase ou gesto de Deadpool é cômico, ele faz piada de tudo e tem orgulho disso. É seu charme. Até um tiro no rosto arranca gargalhadas do público —que se diverte com a quebra de expectativa e com as tiradas do protagonista.

Na história, após ser submetido às experiências químicas desonestas, ele vai atrás do homem que o deixou desfigurado. Deadpool já foi interpretado por Reynolds em 2009 em “X-Men: Origens”, filme que não agradou muito nem aos fãs nem à crítica. Mas parece que as coisas mudaram.

Saiba mais sobre o filme
Leia a crítica de “Deadpool”

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Carnaval no teatro: quatro boas peças para ver até segunda http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2016/02/06/carnaval-no-teatro-quatro-boas-pecas-para-ver-ate-segunda/ http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/2016/02/06/carnaval-no-teatro-quatro-boas-pecas-para-ver-ate-segunda/#respond Sat, 06 Feb 2016 17:17:10 +0000 http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/files/2016/02/benevolentes-2-180x120.jpg http://blogdoguia.blogfolha.uol.com.br/?p=2018 Gostando ou não de Carnaval, sempre dá para tirar um tempinho à noite para ir ao teatro.
É verdade que muitas peças fazem uma pausa neste período de samba, mas há boas opções que continuam em cartaz. Saiba mais detalhes sobre quatro bons espetáculos para ver até segunda (8).

AS BENEVOLENTES – UMA ANATOMIA DO MAL
(sexta: 21h30; sábado: 21h; domingo: 18h)

Esqueça a cara de bonzinho de Thiago Fragoso. Neste monólogo baseado no premiado romance
“As Benevolentes”, lançado em 2006 pelo franco-americano Jonathan Littell, ele interpreta um carrasco nazista que carrega mortes e mais mortes nas costas e que não se arrepende de nada.

Ele conta detalhes de sua infância perturbada, divaga sobre a maldade humana e fala sobre como era seu dia a dia como oficial de Hitler. E provoca o público garantindo: você e ele são iguais. São só as circunstâncias que mudam. A direção é de Ulysses Cruz.

Hebraica – r. Hungria, 1.000, Jardim Europa, região oeste, tel. 3818-8888.
Ingr.: R$ 60 (sex.) e R$ 80 (sáb. e dom.)

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CONSERTANDO FRANK
(sábado: 19h; domingo: 18h)

Um psicoterapeuta (interpretado por Henrique Schafer) cria um método de reversão da homossexualidade, e um jornalista (Chico Carvalho) resolve se disfarçar de paciente para ver qual é a dessa técnica —e fazer uma boa reportagem. Mas as coisas começam a dar errado quando o poder de persuasão do doutor passa a influenciar o repórter. Seu companheiro (Rubens Caribé), vendo que o plano pode desandar, tenta consertar a situação, mas provoca ainda mais desentendimentos. O texto de Ken Hanes ganha a direção de Marco Antônio Pâmio.

MuBE Nova Cultural – r. Alemanha, 221, Jardim Europa, região oeste, tel. 4301-7521.
Ingr.: R$ 50.

 

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CAIS OU DA INDIFERENÇA DAS EMBARCAÇÕES
(segunda e sábado: 20h; domingo: 19h)

Um mítico cais é o cenário de uma série de encontros e desencontros emocionantes. Neste premiado espetáculo da Velha Companhia, o público assiste a reflexões, alegrias e tristezas dos personagens, que são de diversas gerações e que mostram, de forma poética e arrebatadora, suas relações de amor, de ódio e de saudade —fazendo um contraponto entre passado e futuro. Dividem o palco 12 atores e dois músicos, sob a direção do autor Kiko Marques.

Viga Espaço Cênico – r. Capote Valente, 1.323, Pinheiros, região oeste, tel. 3801-1843.
Ingr.: R$ 20.

 

Cena de "Cais..." (Foto: Ligia Jardim/Divulgação)
Cena de “Cais…” (Foto: Ligia Jardim/Divulgação)

GALILEU GALILEI
(sexta e sábado: 21h; domingo: 19h)

Denise Fraga interpreta o físico e astrônomo Galileu, que afirmou que a Terra se move em volta do Sol, e não o contrário, como se acreditava até o século 17. Ela se junta a uma equipe de atores e, juntos, promovem um jogo teatral fascinante em cena, mostrando como o cientista foi perseguido após a propagação dessa nova ideia. Com humor e ironia, a peça coloca em discussão as estruturas de poder e o papel do herói na sociedade. A direção é de Cibele Forjaz, e o texto, de Bertolt Brecht.

Tuca – r. Monte Alegre, 1.024, Perdizes, região oeste, tel. 3670-8455.
Ingr.: R$ 50 (sex.) e R$ 70 (sáb. e dom.)
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