As cinco peças listadas abaixo, que estão atualmente em cartaz em São Paulo, custam R$ 10 ou R$ 20 —e são boas opções para quem está atrás de ingresso mais em conta. Tem drama com Caco Ciocler e Carmo Dalla Vecchia, espetáculo de Milan Kundera, texto de Matéi Visniec e outras duas obras avaliadas como ótimas pelos críticos da Folha.
Ãrrã (R$ 20)
Avaliada como ótima pela crítica da Folha, a peça conta com Luciana Paes e Thiago Amaral, da Cia. Hiato, que promovem um jogo cênico no qual se transformam em vários personagens. As cenas colocam em foco os papéis que as pessoas assumem em diferentes situações, falando sobre desejo, curiosidade, rivalidade e estranhamento. As histórias mostradas, que dão saltos no tempo e no espaço, incluem detalhes de um casal em seu primeiro encontro na mesa de um bar e também o diálogo entre um homem solitário e seu aparelho de GPS de seu carro, entre outras.
Caesar – Como Construir um Império (R$ 20)
Nesta obra de Shakespeare, os personagens —interpretados por Caco Ciocler e Carmo Dalla Vecchia— transitam entre discursos extremistas.
A história é sobre a conspiração contra o governante romano César, morto por um grupo liderado por Brutus. Ele justifica o assassinato dizendo que o líder tinha tudo para se tornar um tirano, mas Marco Antônio convence o povo de que César nunca faria algo assim. A partir de uma série de embates, a tragédia épica instiga uma reflexão profunda sobre o poder das palavras no jogo político e como elas podem ser usadas para mudar o rumo da história.
Dezembro (R$ 20)
Também avaliada como ótima, a peça, com texto do chileno Guilhermo Calderón, fala sobre três irmãos que vivem em uma América Latina em guerra. Com um cenário diminuto que remete a um bunker, a peça mostra como questões íntimas e familiares são debatidas lá dentro enquanto, lá fora, conflitos sociais e políticos colocam todos em risco.
Jacques e Seu Amo (R$ 10)
É a única peça escrita pelo tcheco Milan Kundera, conhecido no mundo inteiro pelo clássico “A Insustentável Leveza do Ser”. A comédia é estruturada em três partes que se interligam, de maneira dinâmica. As histórias se passam no século 18, vagueiam entre passado e presente e surgem a partir da trajetória de dois homens (um amo e o seu criado) que viajam a pé até um destino que só é revelado no final. Durante o caminho, eles se lembram de uma série de aventuras amorosas.
Aqui Estamos com Milhares de Cães Vindos do Mar (R$ 20)
O grupo Os Barulhentos leva aos palcos o texto do romeno Matéi Visniec sobre temas como solidão e falta de comunicação. É uma coletânea com 15 quadros em tons de cinza, branco e preto, que simbolizam a falta de vida e o deserto das relações humanas. Os assuntos tratados ali são tanto de caráter privado, como uma discussão após uma relação sexual, quanto político, caso de uma mãe que deseja atravessar uma fronteira com seu filho.
