Quando entrar em cena na próxima quinta (30) para fazer a última sessão de “Florbela Espanca – A Hora que Passa”, a atriz Lorenna Mesquita estará na 36ª semana de gravidez —a previsão é de que o parto seja realizado em 25/8.
“Parar por conta da gravidez sempre esteve fora de cogitação”, diz a artista, que conheceu seu marido, Fabio Brandi Torres, por causa do espetáculo (ele é o diretor) e ficou em cartaz durante toda a gestação. Os dois assinam o texto.
“Minha gravidez tem sido muito tranquila e nunca senti enjoo. No máximo, algumas cólicas no primeiro trimestre de gravidez”, conta.
“Confesso que foi mais difícil fazer a peça naquela altura, por causa das dores, mas, na última sessão desta temporada de julho, tomei um susto na última cena. Senti algumas contrações mais fortes e achei que o menino fosse nascer ali no palco. Espero que ele não queira estrear antes da hora!”
Ela diz que houve mudanças. “Algumas marcações que eram feitas no chão foram adaptadas para a cadeira que uso em cena, por causa do peso da barriga”, explica. “Mas a carga emocional, que é imensa, continua a mesma.”
Lorenna, que escolheu o nome Diogo para este seu primeiro filho, interpreta no monólogo a poeta portuguesa Florbela Espanca (1894-1930).
Na história, momentos antes de morrer, ela fala sobre si mesma e sobre o papel da mulher no começo do século 20. “Ela foi uma mulher muito à frente do seu tempo. Tem gente que acha que o espetáculo é um recital de poesia, mas não é isso. É a Florbela num fluxo de pensamento, discorrendo sobre vida, sonhos, destino, amores, ilusões, dores, paixões. É para pessoas sensíveis que querem se emocionar”, resume a atriz.
A peça terá mais duas sessões no Top Teatro: nesta quinta (23) e na quinta da semana que vem (30/7), às 21h, com ingressos a R$ 30.