Se você não gosta de ver cenas de nudez ou de sexo na telona ou ao vivo no teatro, é bom procurar outros programas para fazer. As oito atrações listadas abaixo são indicadas para maiores de 18 anos —um filme e sete peças.
Em “Orgia…”, o público usa fones de ouvido e escuta trechos das aventuras sexuais do dramaturgo argentino Túlio Carella. Em outras, há masturbação, sexo explícito, diálogos eróticos e temas como pedofilia e estupro.
CINEMA
Sangue Azul
Com cenas de sexo, o filme com Daniel de Oliveira, Rômulo Braga, Milhem Cortaz e Matheus Nachtergaele mostra uma mãe que manda um dos filhos para longe com medo de que haja uma relação incestuosa com a irmã. Ele é criado por um artista de circo e, anos depois, retorna para resgatar seu passado interrompido.
TEATRO
A Alma Imoral
Com cenas de nudez, a atriz Clarice Niskier trata de dilemas éticos a partir do livro homônimo de Nilton Bonder. Em cena, ela faz uso apenas de uma cadeira e de um grande pano preto, que se transforma em oito diferentes acessórios. O texto reconstrói conceitos milenares ao falar sobre corpo e alma, certo e errado e traidor e traído, entre outros opostos.
A Filosofia na Alcova
O elenco da peça fica todo nu, há insinuações sexuais e o texto tem teor erótico. A montagem é inspirada no polêmico texto do marquês de Sade (1740-1814), sobre uma garota que passa por uma aula de educação sexual aplicada por dois mestres depravados. Mas a introdução ao mundo da libertinagem é cheia de metáforas sobre as violações da existência. Antes de conhecer o mundo do sexo, a garota mergulha na filosofia.
Juliette
Assim como “A Filosofia na Alcova”, o elenco daqui também fica nu e faz insinuações sexuais. O espetáculo integra a Tetralogia Libertina, criada a partir da obra do francês Marquês de Sade (1740-1814). No enredo, Juliette é uma heroína libertina que, embora tenha se criado num convento, experimenta uma vida repleta de depravação física e moral. A montagem aborda de forma não cronológica a vida da personagem e discute o papel da mulher na sociedade contemporânea.
A Merda (La Merda)
No espetáculo solo, Christiane Tricerri fica totalmente nua e fala de assuntos como pedofilia, morte, aleijados e golfinhos estupradores. A história é sobre uma mulher jovem e feia que luta, de forma corajosa, para conseguir seu espaço como celebridade. Ela tenta avançar a todo custo, com uma fúria assassina, para conseguir alcançar seu objetivo.
Não Fornicarás
Com cenas de sexo explícito e diálogos eróticos, fala sobre a virtualização das relações íntimas e também discute conceitos como o livre arbítrio, a liberdade e a igualdade. Fazem parte da apresentação bonecas de plástico, sites pornográficos e robôs.
Não Pise na Curva do Fundo Infinito
Uma cubana e uma brasileira se envolvem num relacionamento amoroso marcado por conturbações. A peça do grupo Bando_ transita pela linguagem do teatro, do cinema e da dança e propõe uma reflexão sobre o individualismo nas relações contemporâneas. A cena mais forte é quando as duas ficam nuas, de costas, se curvam para a frente e interagem com a plateia. Em outra, uma delas se masturba.
Orgia ou de como os Corpos Podem Substituir as Ideias
A peça é ao ar livre, e o público ganha aparelhos de mp3 para ouvir as instruções dos atores enquanto caminha pelo parque Trianon, na avenida Paulista. O espetáculo do grupo Teatro Kunyn é baseado nos diários íntimos do dramaturgo argentino Túlio Carella, que viveu em Recife nos anos 1960 e expõe, nesses relatos, suas aventuras sexuais com anônimos populares.
E o texto que a plateia escuta em seus fones inclui detalhes bem explícitos.