Ricardo Araújo Pereira é português, mas precisa falar devagar quando vem ao Brasil. “Falamos a mesma língua, mas é quase como se a gente não falasse”, diz o criador do famoso grupo Gato Fedorento, que veio a São Paulo pela terceira vez a convite do festival Risadaria. “Não sei por quê, mas às vezes, acho que pelo sotaque, quando estou aqui me perguntam se sou argentino.”
Ricardo fará 12 shows durante o evento, que começou dia 3/7 e termina, pra ele, no domingo (12). Ele conta que em Portugal quase não faz espetáculos ao vivo, só rádio, televisão e algo para a imprensa escrita, mas que os convites para o festival são sempre tão simpáticos que ele faz questão de vir.
“Eu tenho medo de plateias. Sempre fui roteirista. Por acidente eu consegui escrever para mim, mas eu nunca superei esse medo, eu não nasci para isso, eu sou um peixe fora d’água no palco. É difícil quando preciso atuar.”
Estranho ouvir isso de um dos artistas mais aplaudidos quando se apresenta por aqui. O público brasileiro se rende de cara ao seu humor seco e inteligente. Mas ele diz que precisa tomar alguns cuidados. “Tenho que substituir palavras que são de uso corrente em Portugal e que no Brasil são usadas para designar outras coisas”, conta.
Acesse o site do Risadaria para ver as datas e os locais dos próximos shows de Ricardo Araújo Pereira.