O artista argentino Bruno López Aragon já se apresentou com o Fuerza Bruta em países como Inglaterra, China, Japão, Alemanha, Bélgica, Espanha, México, Estados Unidos, Colômbia e Venezuela, mas ele diz que é aqui no Brasil que a plateia é mais “atiradinha” e participa mais.
O espetáculo “Wayra” é sucesso no mundo todo e deixa o público de boca aberta. Tem música ao vivo, corrida em esteira, chuva de papel, acrobacias aéreas, piscina flutuante, dança e até homens e mulheres “caindo” do céu —e a plateia assiste a tudo de pé, ora pra lá, ora pra cá, se movendo conforme os números apresentados. Os atores/acrobatas ficam muitas vezes ali, no meio de todo mundo, interagindo, conversando, é uma experiência inusitada.
O “Wayra” estreou em abril no Ginásio Mauro Pinheiro (atrás do Ginásio do Ibirapuera), foi prorrogado devido ao sucesso e sai de cartaz no próximo domingo (21). Os ingressos custam R$ 140 e estão à venda aqui.
Uma novidade é que o grupo argentino fez uma avaliação com artistas brasileiros e selecionou alguns para integrar o Fuerza Bruta —eles já estão participando das apresentações em São Paulo e vão seguir com a trupe para a turnê na China. A bailarina Talitha Gonçalves e o dançarino Charles Damasio são alguns dos que passaram nos testes.
Leia o que Bruno Aragon diz sobre o show e os brasileiros:
“Estamos muito contentes com o público do Brasil.”
“A diferença em relação a outros países é que as pessoas ‘entram’
muito fácil no show. Isso nos enriquece e nos permite desfrutar mais
de nosso trabalho. Culturalmente, o Brasil tem Carnaval e, por isso,
entende muito a linguagem do show. Em outros países, percebemos que o público é mais estático ou mais inibido.”
“O curioso é o aplauso caloroso das pessoas em cada show. Uma surpresa foi a experiência da audição que fizemos no Ginásio do Ibirapuera. Encontrar artistas deste nível e com tantas condições nos deixou muito feliz. Ainda estamos trabalhando com eles e isso nos dá muita alegria.”
“O show, apesar de ter um aspecto técnico com tecnologia própria, convida e integra todo mundo pelas imagens. Por não ter texto na obra, há corpos que se expressam intensamente. Essa linguagem atravessa todos os tipos de barreiras e se expressa da mesma maneira diante de uma criança de cinco anos ou de uma pessoa de 80. Talvez isso é o que faz esse show ser tão popular e despertar a curiosidade em todo lugar.”