Cleber Machado estreia sua voz no teatro: ‘foi divertido’

Por fabiana seragusa

É de Cleber Machado a voz do jogo de futebol no monólogo “Muro de Arrimo”, em cartaz no Teatro UMC. O narrador da Globo diz que foi rápido gravar, divertido e interessante. O mais próximo que já chegou disso foi um bate-papo do qual participou após um espetáculo, faz tempo.

O convite partiu de Fioravante Almeida, que atua sob a direção do também ator Alexandre Borges. Na peça, o pedreiro Lucas está ansiosíssimo pelo jogo do Brasil na Copa do Mundo, mas tem que acompanhar tudo do trabalho, num radinho de pilha, enquanto ergue paredes no alto de um arranha-céu.

cleber machado

E é Cleber quem narra o pré-jogo e faz companhia para o aflito torcedor, que grita, vibra, sorri e se desespera à espera da partida —fazendo um paralelo entre sua paixão pelo futebol e o amor pela família.

“Muro de Arrimo” estreou em 1975 e foi remontado em 20 países. Aqui no Brasil, já foi encenado por Antonio Fagundes. A trilha desta nova versão é do cantor Otto, e o cenário é formado por andaimes que imitam uma construção.

Abaixo, leia a entrevista com Cleber Machado.

Saiba mais sobre a peça

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Você já tinha participado de algo similar, envolvendo teatro?
Não, nunca. O contato mais próximo com o público foi depois de uma peça que falava sobre a origem dos times de futebol, e o elenco fazia um bate-papo com a plateia e convidados. Isso já foi bom. Colaborar assim, em uma peça como “Muro de Arrimo”, é muito bacana. Dramaturgia é maravilha. Fui convidado, o que muito me honrou, para narrar lances de futebol na novela “Avenida Brasil”, jogos do Tufão. Foi lindo. Como narrar a parte do jogo para a peça. Legal, mesmo.

Já viu a peça com sua gravação ou ainda não?
Falha imperdoável, mas ainda não consegui assistir. Preciso ir, quero muito ir. Ainda bem que eles estão conseguindo novas temporadas.

Levou quanto tempo para fazer a narração?
Não lembro exatamente o tempo. Mas foi rápido. Uma tarde. É um texto, uma ou outra versão diferente de trechos. E com orientação segura e tranquila do Alexandre Borges [o diretor]. Foi divertido. Experiência interessante.

Como foi feito o convite para participar?
Quem falou comigo foi o Fioravante Almeida. Começou por e-mail, depois por telefone. Ele é o ator da peça e se empenhou muito na produção. Aliás, foi super simpático e gentil. Do primeiro contato até a gravação demorou um tempo. Penso que pra eles viabilizarem a produção. Mas ele sempre dizia como estava andando tudo. Deu certo, beleza.

E você costuma ir ao teatro?
É um dos meus programas favoritos, e a gente vai sempre menos do que quer e deve. Teatro é sensacional. Todos devemos ir… muito.