Skank empolga com clássicos e leva 2.500 pessoas a show em SP

Por Luiza Wolf

No sábado passado (14), os mineiros do Skank tocaram no Audio Club SP (zona oeste de São Paulo). O show, na teoria, faz parte da turnê do álbum “Velocia”, lançado em 2014. Mas a banda mais tocou clássicos do que novas composições –para a alegria desta repórter, fã assídua do Skank lá pela década de 1990 e começo dos anos 2000.

Primeiro, acho importante dizer que a banda não é de dar aquele “show-truque” de 50 minutos. A apresentação teve cerca de empolgantes duas horas.

Não conhecia direito, confesso, as canções novas. Foram boas surpresas: “Ela Me Deixou”, em especial, é muito marcante. Mas o Skank fez uma intercalação quase exata entre novidades e hits.

Apareceram aquelas músicas “obrigatórias”, que todo mundo tem expectativa de ouvir: “É uma Partida de Futebol”, “Saideira”, “Vou Deixar”, “Balada do Amor Inabalável” e a ótima “Garota Nacional”, entre outras inesquecíveis.

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Chamaram a atenção a vivacidade do vocalista Samuel Rosa, sempre capaz de manter o público animado, e a perfeita sincronia entre luz e ritmo das músicas. Parece óbvio, bobo até, mas não é em todo show que a gente vê uma iluminação tão precisa: as luzes piscavam, conforme a batida, e mostravam a plateia na hora certa.

Com alegria, presenciei o bis mais comprido da história. Foram SETE músicas: “Dois Rios”, “Resposta”, “Amores Imperfeitos”, “Te Ver”, “Esmola”,  “Ela Me Deixou” e “Mandrake e os Cubanos”.

Vale também deixar observações sobre a Audio Club SP. Foi minha primeira visita à casa de shows e saí com impressão positiva. Os funcionários foram atenciosos, o que pode ser raro em locais assim, que têm grande fluxo de pessoas. A cerveja em lata custava dolorosos R$ 10; por outro lado, segue o preço abusivo de outros endereços semelhantes.

A casa é pequena no bom sentido: eu assisti ao show do segundo andar (prefiro ficar mais longe do que ter muitas cabeças na minha frente), lá no fundo, e consegui ouvir a música e ver o palco muito bem, a uma distância boa (os óculos, que esqueci em casa, não fizeram falta). Intimista, o local acomodou bem as 2.500 pessoas que compareceram, segundo a produção. “Nem nos meus melhores sonhos eu imaginava uma casa tão cheia”, disse Samuel no palco. Eu também, nem nos meus melhores sonhos imaginava que coubesse tanta gente lá.

O Skank segue agora para outras cidades: faz show, por exemplo, em Cuiabá (em 28/3) e Belo Horizonte (20/4; veja a agenda completa aqui). Então, paulistanos, quem foi, foi. Mas aí vai a dica: não perca a chance quando a banda voltar.

Para não desalentar tanto vocês, deixo um vídeo que fiz do show, e que a produção gentilmente me autorizou a postar aqui no Blog do Guia.

Até a próxima 😉